segunda-feira, 9 de abril de 2012

HOJE TEM CINEMA E FILOSOFIA - CULTURA REMIX




CINEMA E FILOSOFIA

Mostra e Debates 
1º MÓDULO - <CULTURA REMIX>
(nas segundas-feiras de abril)
Local: Auditório do ICHS-UFMT 19h.
Neste dia 9 de abril 
Filme : RIP - A REMIX - MANIFESTO de Brett Gaylor
debate com os professores Bernardo Aldonso e Gabriel Mograbi e com o convidado de estréia, Eduardo Ferreira da folha do estado.
Entrada franca.
compareça!

Sobre
*Cinema e Filosofia* é um projeto de extensão que pretende provocar debates de questões estéticas, filosóficas, existenciais, política e éticas e favorecer o conhecimento da filosofia e do cinema enquanto veículo de pensamento e expressão. *O Cinema aqui não é ilustração para a filosofia. 
Nem a filosofia é explicação para o Cinema. O que se intenta é gerar um enlace semântico profundo que permita fruir destas diferentes linguagens, como provocações do pensamento racional, das emoções e da senciência.* O projeto é implementado por uma equipe de professores, técnicos e discentes, mas visa ir além dos umbrais da universidade e busca trazer a comunidade para uma inserção neste ambiente de pensamento e deleite estético que permite questionar dogmas, convicções e identidades; pensar e repensar sistemas políticos, éticos e morais; testar códigos, limites de linguagem e de conhecimento. 
Gabriel Mograbi.

Sobre o 1º Módulo
Cultura (do) Remix é uma entrada no Wikipédia, é algo entre a pedra lascada e o http, é um sample de rock, uma camisa do Mickey segurando uma Kalashnikov, o pancadão que agita Vigário Geral nos sábados à noite, o artigo esquecido e o prêmio Nobel de literatura, a pizzaria da Augusta que queria ser italiana e o tomate que ficou maior e mais resistente, é um alívio para dor de dentes, é Fantasia, com ou sem Walt Disney. É o blues sangrando na voz de um irlandês, uma sinfonia alemã num filme Paquistanês, é o tahine que não se sabe Judeu ou Árabe, mesmo que nenhum dos lados consiga um álibi. É a nossa cultura, uma vantagem intelectual que é também prática, como se fundem e se fundam novas informações, é a liberação dos oprimidos, que sempre existiu e que não pode ser revelada, porque o de cima sobe e o de baixo desce, e às vezes a gente esquece que o queijo está ao lado da faca. Isso muito nos apetece, quer fazer arte? – Ela será reproduzida, reutilizada, criticada, deslocada, invadida, devorada. É o processo que se confunde com a obra, é o fluxo que se desdobra, para tomar corações e mentes em improváveis lugares, entre pessoas diferentes, é a cura do câncer que esbarra na lei de proteção a patentes. É um Kraftwerk incontrolável, um texto adaptável, aquela pintura inalcançável, mas palpável em um copo de requeijão. Como se déssemos as mãos, como que por um momento que não seja de todo em vão, como o artista que não muda de tom quando a casa está vazia. O que dirá minha avó, o que dirá a minha tia? Elas acham que propriedade intelectual como a de hoje é algo que existe concretamente, ao que respondo que ela existe para mim apenas como mais uma dor de dente, algo está muito errado e deve ser reparado urgentemente. 

Fonte: Bernardo Alonso


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