domingo, 29 de abril de 2012

Lugar alheio - Coluna re-Ver por Isolda Risso


imagem: google

Lugar alheio

Sentir-se incompreendido e não compreender é tão mais fácil que ao contrário. Para isso, basta olhar somente para o próprio umbigo ou acreditar, ser o único “Ser” nesta terra de meu Deus a ter tribulações. Tem-se a opção também, de pensar que o seu problema é bem maior que o do restante da população.
Assim como eu, creio que você já teve a oportunidade de se deparar, com alguns simpáticos e simpáticas, que pensam e para entornar o caldo de vez, eles e elas também sentem assim. Ou seja, seus problemas são o centro do universo. Seria desleal para com meus pares, não incluir-me nesta lista.
É vero, de vez em quando baixa a síndrome da vítima.
Há períodos que o horizonte interno torna-se tão estreito que chega-se ao ponto de globalizá-lo.
A sabedoria da boa convivência sugere que, antes de lançar-se a uma ação, opinião ou julgamento, faça um exercício de reposicionamento entre você e o outro. Não é fácil, mas absolutamente possível.
Quando se propõe a encarar o lugar alheio, é mais ou menos como usar um sapato de número maior ou menor que seus pés, causa um desconforto enorme.
Em contrapartida, é comum desejar e ate exigir (sutilmente é claro) que o outro coloque-se em seu lugar. Como se não bastasse, esta nobre tarefa deverá vir acompanhada com a compreensão de seus perrengues e de preferência com um leve e acolhedor sorriso na face.
Feio ou bonito é assim que acontece. É o nosso lado sombra ainda tão presente no cotidiano dos nossas emoções. O que não é sinônimo de acomodação e deixar a bola rolar indiscriminadamente com o discurso de que: desde que o mundo é mundo isto faz parte da humanidade. Ou que: não posso modifica as pessoas, muito menos o mundo. Concordo com você, mas o mundo é composto por pessoas que juntas formam a sociedade, e você faz parte deste núcleo humano. Portanto que tal começar por repaginar a si mesmo? Caso contrario bela (o) ficaremos como estamos, um caos emocional, social, composto por pessoas insatisfeitas. O mundo que almejamos inicia–se na intimidade de cada um. Que todos esses desvios de conduta e valores e suas respectivas consequências faz parte do mundo sim, mas já é tempo de mudar.
Ainda teremos que caminhar um bocado, aprender, desaprender, desprender-se e modificar-se, reeducar-se e acima de tudo, conjugar e exercer o sentido do verbo respeitar. Só assim chegaremos a um bom termo, para que se estabeleça um pouco de paz, equilíbrio e entendimento nas relações.
Um abraço!
Isolda


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