QUE TIPO DE AMOR
VOCÊ QUER PARA O SEU FUTURO
Parece fácil falar de amor, resolver amar, pronto!
Decidido amarei! Bem, na verdade amar é como plantar uma semente.
No começo essa semente sequer é vista, está lá, na
terra - ou dentro do peito - depois vai crescendo, com o adubo, luz, água
corretos torna-se uma grande planta.
Mas, se não cuidarmos dela, com muito carinho, a
planta pode perecer. Há que se podar, se replantar muitas vezes, aparar raízes,
para que em dias felizes no futuro o amor dê flor, frutos e viceje.
O amor é um cultivo diário. No bom dia, no café que
se faz, nas pequenas concessões que não são fáceis, mas são necessárias, nas
coisas que precisam ser esquecidas, nas coisas que precisam ser relembradas.
Amor perfeito não existe. Todo amor que superou o
tempo é transgênico. Porque as pessoas mudam, e o amor precisa mudar também.
Uma nova roupagem é necessária. O amor é confiar, ainda que tenha motivos para
ficar com um pé atrás. É saber dar uma segunda chance, não sucumbir ao veneno.
Uma planta sabe passar por substâncias estranhas que lhe retire as pequenas
pragas e continua sendo o que é. Assim precisa ser o amor.
A mão que lavra o amor, que aguarda a flor da vida
precisa querer amar. No caminho aparecerão mil e um obstáculos que desviem a
atenção do lavrador, sejam eles íntimos, estranhos ao campo, percalços,
problemas da natureza do amar. Atenção, compreensão, perdão, dedicação,
altruísmo são requisitos para que não pereça esse sentimento.
Às vezes uma semente boa perece sem o cuidado, e
noutras, uma semente mediana, bem nutrida resplandece.
Nunca sabemos se o amor que temos é amor para a
vida toda. Muitas estações virão, mas se hoje o amor não for cultivado
apropriadamente não restará forte para passar sequer pelo dia de amanhã. O hoje
contém todo passado e todo futuro na semente do querer que o que se tenha seja
único, especial, e que envelheça ao nosso lado.
Isso precisa partir de nós, é a nossa parte, saber
transpor espinhos, intempéries, doenças, dificuldades, para que só assim,
vejamos a flor desabrochar, no momento único da criação e viver todo o espaço
tempo contido no milagre de amar.
(Mirian Marclay Melo)
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