sexta-feira, 11 de outubro de 2013

Palestra de filosofia aborda tema convivência, nesta Sexta feira (11/10) na Escola de Filosofia Nova Acrópole Cuiabá


Por que será que é tão difícil se relacionar? Será que o problema está comigo ou com os outros? A Nova Acrópole Cuiabá realiza a atividade gratuita amanhã, às 19h30, trazendo reflexões sobre o assunto. 
Olho: “A cortesia é um dos primeiros passos para vencer as dificuldades de convivência. Quando busco ser educado, dizendo ‘bom dia’, ‘boa tarde’, ‘como é que vai’, passo a estabelecer um vínculo positivo com as pessoas” (Roni Almeida, professor de filosofia) 
Atire a primeira pedra quem nunca pensou ‘o inferno são os outros’, como satirizava o filósofo francês Jean-Paul Sartre. Brincalhão, o poeta brasileiro Mário Quintana dizia que ‘a arte de viver é simplesmente a arte de conviver. Simplesmente, disse eu? Mas como é difícil!’. Ou seja, o que não faltam são palavras para justificar a dificuldade dos seres humanos em conviver. Mas por que é tão complicado? Como posso vencer essas barreiras e me dar melhor com as pessoas? Para poder conduzir os participantes a reflexões a respeito do tema, a escola de filosofia Nova Acrópole Cuiabá realizará Nesta Sexta feira (11/10), a partir das 19h30, a palestra gratuita ‘A convivência entre os seres humanos e a chave para a felicidade’.
Ao analisar o tema a partir do prisma da filosofia, ou seja, de grandes mestres e pensadores que deixaram um legado de conhecimento à humanidade nas mais diferentes culturas e tempos, chega-se à conclusão que para conviver é necessário que antes ‘eu viva’, ou seja, as pessoas precisam de um grau de intimidade consigo mesmas, devem identificar suas limitações e defeitos que as levem a ter atritos com os outros e combatê-los. O professor de filosofia Roni Almeida explica que se a impulsividade leva pensar, falar e fazer coisas que não condizem com quem a pessoa se propõe a ser, é necessário realizar um processo de auto-educação, que não é fácil, porque exige trabalho constante, diário. Além de ‘orar e vigiar’ os próprios defeitos (e não os dos outros), conviver exige uma vivência interior mais profunda.
Mas o que é ter vida interior? O processo pelo qual o Homem conhece a si mesmo para poder enxergar as próprias potencialidades ou virtudes. Essa, aliás, é a chave do crescimento pessoal e da própria convivência. Quando se estabelece contato com a própria alma, aquilo que é eterno no ser humano tem a tendência a se expandir, como uma fonte de água cristalina que jorra incessantemente, a generosidade, o amor, a coragem, a compaixão, a empatia e demais qualidades da alma passam a conduzir as relações, tornando-as mais humanas e profundas. Os vínculos deixam de ser superficiais para serem encontros de alma. Mas como se vive em um momento histórico em que as pessoas são levadas para fora o tempo todo, na busca de saciar seus desejos e prazeres, torna-se mais difícil realizar esse movimento de interiorização.
Mais difícil ainda é vencer o padrão socialmente aceito e difundido baseado no egoísmo, que inclusive transforma defeitos em virtudes.
Você já se deparou com um ‘super sincero’? Então sabe exatamente o que acontece quando uma característica negativa se torna normal e muitas vezes ainda é exaltada pela própria pessoa ou pelo meio em que vive. Isso faz com que mesmo agindo de forma grosseira, ela bata no peito e diga: ‘Eu odeio hipocrisia’. Não gostar da mentira ou falsidade dá a alguém o direito de dizer tudo que deseja, da forma que quiser? O mesmo acontece com os estressadinhos que ‘não levam desaforo para casa’, quantos atritos e mágoas poderiam ser evitados se antes de reagir, mesmo que a uma provocação, eles refletissem? “Eu brinco com os nossos alunos, que para cada defeito que eles enxergarem no outro, precisam buscar três qualidades, assim, o hábito de só ver o que é ruim vai desaparecendo até que passamos a enxergar tanto a vida, quanto as pessoas como realmente são”, acrescenta Roni.

Conquistando virtudes 
Para o filósofo, os problemas viram desafios que potencializam sua alma, portanto, não devem ser evitados, postergados ou lamentados. E a convivência é uma porta que se abre para a sabedoria, para a iluminação, afinal, é um meio pela qual tudo que se sabe intelectualmente vira conhecimento prático. Uma coisa é ter informações técnicas a respeito de como nadar, a outra bem diferente é estar dentro d’água para nadar, mais, ser um campeão de natação exige muito treino, disciplina, coragem para vencer a si mesmo o tempo todo. Assim também acontece com as virtudes, que precisam ser desenvolvidas um degrau por vez, em um processo de construção de si mesmo, que passa pelo campo do conhecimento e estende à prática. Por isso se diz, filosofia à maneira clássica, porque não adianta saber a partir da mente, é preciso integrar à própria vida, porque deste modo não é o que Platão disse, mas o que você aprendeu a partir da experiência propiciada pelo pensador. Se você viveu, jamais esquecerá.

Nova Acrópole Cuiabá 

A palestra de hoje traz informações que integram o curso regular de filosofia, que terá a primeira aula da nova turma no dia 18 deste mês, das 19h30 às 21h30. O curso tem duração de sete meses, uma vez por semana, com matérias como Ética, Sociopolítica e Filosofia da História, em que os principais grandes pensadores e filósofos da cultura ocidental e oriental são estudados. Além disso, a escola também proporciona atividades extras para vivências culturais e práticas, como leitura comentada de obras clássicas, oficinas de xadrez, de poesia, recitais de poesia e trabalho voluntário.  Outras informações: (65) 3623-8051/8127-4020. Acompanhe nossas notícias e programações: www.facebook.com/NovaAcropoleCuiaba e também pelo blog http://www.novaacropolecuiaba.blogspot.com.br.

Rose Domingues
Da Assessoria

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