segunda-feira, 1 de dezembro de 2014

O Teatro da Universidade Federal de Mato Grosso reabre suas portas e apresenta um espetáculo de música e dança montado especialmente para ocasião.




Teatro Universitário se inspira em conceitos de cidadania

Rampas de acesso, balizadores (sinalizadores) nos corredores, banheiros adaptados para cadeirantes, poltronas para obesos.  O Teatro Universitário, após dois anos em reforma, reabre suas portas com novos elementos, agregando um olhar diferenciado, o da valorização da cidadania. Construído no início da década de 80, na época pouco se percebia quanto às questões de democratização de espaços para pessoas com restrição de locomoção, por exemplo.  Com o avanço nos questionamentos, as obras públicas ganharam novos contornos e o Teatro da Universidade Federal de Mato Grosso se apropriou da cidadania para exercer ainda mais seu papel de espaço das artes.
Fabricio Carvalho - foto: Luso Reis
Para o  maestro e pró-reitor de Cultura, Extensão e Vivência da UFMT, Fabricio Carvalho , o Teatro é o reflexo de um trabalho voltado para a valorização do ser humano, em que a arte está entre suas mais preciosas manifestações, cuja sensibilidade pode transformar positivamente o cotidiano. “Ao permitir o livre acesso para um bem cultural de tamanha importância e vocação acadêmica, contribui-se para a circulação de conhecimento, do aprimoramento  do pensar”, comenta Fabricio.

Agora, o Teatro possui rampa de acesso para sua sala de espetáculo, elevador individual -  acompanhando a escadaria de saída, banheiros adaptados, poltronas especiais para cadeirantes e obesos. Apesar das novidades, o Teatro conserva suas características contextuais,  como as poltronas, cuja restauração  manteve seu layout anos 80 com novos estofamentos e estruturas. O  maestro comenta que o projeto original foi resguardado, inclusive nas cores.  “Poltronas mais modernas seriam diferentes das originais, e estas, além de bonitas,  são extremamente confortáveis. Tudo foi desmontado, arrumado, adaptado e reconstituído”, pontuou.

Com investimentos federais na ordem de R$ 8 milhões, todo o madeiramento do palco foi refeito, com material apropriado e tratado com fins acústicos. “O projeto acústico do renomado arquiteto Igor Sresnewsky, elogiado em nível nacional, foi mantido com madeiras novas e tratamento mais moderno contra o desgaste”, destaca  Fabricio,  acrescentando  que foram criados mais dois camarins para o conforto dos artistas e ampliado e modernizado os já existentes, inclusive com a colocação de chuveiros.

A iluminação e a estrutura cênica (pernas, bambolinas, rotundas, ciclorama) são o grande destaque da reforma. Projetada pela maior empresa de equipamentos cênicos do país, a Cineplast, e conjugada com a arquitetura especial, principalmente da caixa cênica com 16m de urdimento, essa estrutura possibilitará a montagem de  complexas peças  cênicas. Além disso, o piso subsolo do Teatro foi completamente revitalizado, possibilitando mostras de artes e lançamentos de produtos culturais. Para a Maria Lúcia Cavalli Neder, o projeto de reforma do Teatro demonstra a determinação de reforçar a presença da cultura, do esporte, da vivência e da extensão na formação acadêmica, para além da sala de aula.Opinião compartilhada pelo maestro Fabricio, que destaca a revitalização do Museu do Índio,a criação da Pró Reitoria de Cultura e a criação de reserva técnica para peças do Museu de Artes e de Cultura Popular. "O apoio irrestrito da reitora subsidiou grandes conquistas no segmento de cultura, e quem ganha é a comunidade, que tem bens culturais de qualidade". 

Para apresentar todo o potencial do novo Teatro Universitário, um espetáculo de música e dança foi montado especialmente para ocasião. A Orquestra Sinfônica da UFMT e a academia Ópera Ballet se unem no palco para uma experiência inédita.  A ideia foi elaborar um espetáculo inesquecível, a partir de uma seleção dos principais e mais conhecidos ballets do repertório, acompanhados pela Orquestra Sinfônica,  tocando no fosso (espaço que abriga os músicos num plano inferior ao nível do palco). “O fosso também foi completamente restaurado e tratado acusticamente. A última vez que a OSUFMT tocou nesse espaço foi na ópera "A Flauta Mágica" de Mozart, em 2006”. 

Um repertório eclético que traz obras de Ludwig Minkus, Antonín Dvorak, Tchaikowsky, Bizet, Verdi, Adolphe Adam e Sibelius, variando do clássico ao contemporâneo, do trágico ao romântico e ao universo infantil, associadas a coreografias que perpassam diferentes culturas, crenças, estilos e países - Índia, Hungria, Rússia, França, Estados Unidos, Finlândia, e Espanha. E nada mais inspirador do que convidar a mais premiada academia em Mato Grosso para compartilhar esse desafio. Segundo maestro, Verônica Weber é, sem dúvida, uma das grandes bailarinas e professoras do país. “Verônica também volta ao palco do teatro, desta vez  como convidada de honra da casa. Trabalhar com ela é um aprendizado mútuo”. O resultado desse trabalho, o público confere entre os dias 8 e 11 de dezembro.

 Serviço:
Dia 8  - segunda feira - Espetáculo aberto aos estudantes da UFMT e operários que trabalharam na reforma.
Dias 9 e 11 -  terça e quinta feira - Ingressos R$ 30 inteira e R$ 15,00 meia
Dia 10 - quarta feira – Espetáculo fechado para autoridades
Ingressos à venda no Shopping 3 Américas.
Inf.: (65) 3627-4497/9931-5863

Fonte: Ana Cristina

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