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Marilza Musa Ave Ribeiro
Cidadã
mato-grossense de expressão. Cantoria alada em verso que se faz poesia em
floração. Matriarca respeitada da palavra liberdade de expressão. Lira
iluminada em páginas ilustradas da língua portuguesa. Verbo e sujeito em mais
de uma oração em célere movimento. “Sabores Voadores” e polinizadores do néctar
da Paz sem fim. “Fartura” literária na fantasia da Colombina amante do
Arlequim. “Brotação da audácia dos destemidos” nas pétalas de uma canção.
“Escrituras
nas paredes do tempo” contextualizado em nós escondidos e revelados ao público
pagante. Pavimento sedimentado na “Viagem da Memória” de uma navegante. “Capim
Dourado” do Planalto Central Brasileiro. “Parabólicas dissonantes” do mundo em
evolução. “Instantes Precisos” além de uma primitiva emoção. “Certa mulher” dos
cabelos prateados. Livros publicados. Amigas e amigos amados.
“Ocultas
cenas de dores disfarçadas no drama do ser e da cidade”. “Folha-textura” em
verso, prosa e comunicação. “O afago das origens” na herança do fazer civilização.
“A índia ceramista” moldando a forma na maciez da matéria crua. “Gênese da
transformação”. “Mulher e Terra na Força da Criação”. “Por falar em você” um
jasmim em campo aberto perfumou. “Obrigada!”. Você em
“Folha-textura” da emoção chegou, e, diante dos nossos olhos nesta e em outras
horas brilhou e nos encantou.
“Resgate
nas marcas inscritas no lenho verde do instante” em nada passageiro. “Apesar
das trilhas extraviadas” em nevoeiro. Dos “Olhares caçadores” de talentosos em
mais de um picadeiro. Dos “Laços dos enganos” mais do que retorcidos em nós de
marinheiro. Das “Gaiolas retorcidas” em “Armadilhas e trapaças” nas quais somos
submetidos enquanto povo brasileiro. Das “Medonhas Labaredas” alimentadas pelos
gravetos da vaidade descomunal. Dos “Ninhos desmontados” pela degradação
ambiental. Dos “Sonhos humanos vendidos na era das ventanias” mais do que
pontual. Em você, e, por você Marilza Musa Ribeiro: “As aves ainda cantam!”.
“Apesar
dos caminhos obscuros” pela arbitrariedade. Dos morais “Valores despedaçados”
ou pela metade. Das “Mentiras camufladas” pela desonestidade. De “Tantas
guerras homicidas” desoladoras da humanidade. Das “Multidões perdidas” no
Oriente e no Ocidente pela crueldade. Dos “Amores destroçados” pela exacerbada
sexualidade. Das “Orgias do mercado” internacional. Da “Insanidade dos desvios”
em nada legal. “Os poetas ainda cantam” e encantam de geração em geração.
“Gotas musicais de melodia” soam aqui e acolá em bis e em refrão.
Marilza
Ave Ribeiro: Palmeira imperial de Cuiabá em bela, ilustre e ilustrada obra
literária que se faz morada “No sagrado coração da Mãe Terra”. “A voz indiana
convocando a poética dos destemidos” viventes e nascidos na Nova Era.
“Consagração da honra” em mais de uma ilibada Primavera. “A dança da vida em
rastos brilhantes” na ampulheta do planeta ainda azul. “Viagem corporal” e
rotacional iluminada pelo Cruzeiro do Sul. “Reencontro de si mesmo” aquém de um
templo interior. “Raízes dos sentidos” alimentadas pela seiva do incomensurável
Amor.
“As Aves e Poetas Ainda Cantam”, versos
paginados em literatura. Marilza Ribeiro, fonte límpida da liberdade de
expressão margeada em exaltada cultura: “Apesar... das trilhas extraviadas/
gaiolas retorcidas/ olhares caçadores/ laços dos enganos/ armadilhas e
trapaças/ medonhas labaredas/ ninhos desmontados/ sonhos humanos vendidos/ na
era das ventanias.../ as aves ainda cantam!/ Despertando a sonolência do dia/
acalmando à tarde fugidia/ em gotas da melodia/ derramando seus trinados no
ar.../ Apesar.../ dos caminhos obscuros/ valores despedaçados/ das mentiras
camufladas/ tantas guerras homicidas/ das multidões perdidas/ os amores
destroçados/ as orgias do mercado/ a insanidade dos desvios/ os poetas ainda
cantam!/ Despertando a sonolência dos cansados/ acalmando a angustia dos
perdidos/ em cânticos, lendas em melodia/ gotas do sentido a clarear a vida/
derramando fartos versos pelo ar”.
Airton Reis, professor e poeta em
Cuiabá-MT.
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