quarta-feira, 1 de julho de 2015

Marilza Musa Ave Ribeiro por Airton Reis

imagem: Google imagens

Marilza Musa Ave Ribeiro
      Cidadã mato-grossense de expressão. Cantoria alada em verso que se faz poesia em floração. Matriarca respeitada da palavra liberdade de expressão. Lira iluminada em páginas ilustradas da língua portuguesa. Verbo e sujeito em mais de uma oração em célere movimento. “Sabores Voadores” e polinizadores do néctar da Paz sem fim. “Fartura” literária na fantasia da Colombina amante do Arlequim. “Brotação da audácia dos destemidos” nas pétalas de uma canção.
      “Escrituras nas paredes do tempo” contextualizado em nós escondidos e revelados ao público pagante. Pavimento sedimentado na “Viagem da Memória” de uma navegante. “Capim Dourado” do Planalto Central Brasileiro. “Parabólicas dissonantes” do mundo em evolução. “Instantes Precisos” além de uma primitiva emoção. “Certa mulher” dos cabelos prateados. Livros publicados. Amigas e amigos amados.
       “Ocultas cenas de dores disfarçadas no drama do ser e da cidade”. “Folha-textura” em verso, prosa e comunicação. “O afago das origens” na herança do fazer civilização. “A índia ceramista” moldando a forma na maciez da matéria crua. “Gênese da transformação”. “Mulher e Terra na Força da Criação”. “Por falar em você” um jasmim em campo aberto perfumou.  “Obrigada!”. Você em “Folha-textura” da emoção chegou, e, diante dos nossos olhos nesta e em outras horas brilhou e nos encantou.
      “Resgate nas marcas inscritas no lenho verde do instante” em nada passageiro. “Apesar das trilhas extraviadas” em nevoeiro. Dos “Olhares caçadores” de talentosos em mais de um picadeiro. Dos “Laços dos enganos” mais do que retorcidos em nós de marinheiro. Das “Gaiolas retorcidas” em “Armadilhas e trapaças” nas quais somos submetidos enquanto povo brasileiro. Das “Medonhas Labaredas” alimentadas pelos gravetos da vaidade descomunal. Dos “Ninhos desmontados” pela degradação ambiental. Dos “Sonhos humanos vendidos na era das ventanias” mais do que pontual. Em você, e, por você Marilza Musa Ribeiro: “As aves ainda cantam!”.
      “Apesar dos caminhos obscuros” pela arbitrariedade. Dos morais “Valores despedaçados” ou pela metade. Das “Mentiras camufladas” pela desonestidade. De “Tantas guerras homicidas” desoladoras da humanidade. Das “Multidões perdidas” no Oriente e no Ocidente pela crueldade. Dos “Amores destroçados” pela exacerbada sexualidade. Das “Orgias do mercado” internacional. Da “Insanidade dos desvios” em nada legal. “Os poetas ainda cantam” e encantam de geração em geração. “Gotas musicais de melodia” soam aqui e acolá em bis e em refrão.
       Marilza Ave Ribeiro: Palmeira imperial de Cuiabá em bela, ilustre e ilustrada obra literária que se faz morada “No sagrado coração da Mãe Terra”. “A voz indiana convocando a poética dos destemidos” viventes e nascidos na Nova Era. “Consagração da honra” em mais de uma ilibada Primavera. “A dança da vida em rastos brilhantes” na ampulheta do planeta ainda azul. “Viagem corporal” e rotacional iluminada pelo Cruzeiro do Sul. “Reencontro de si mesmo” aquém de um templo interior. “Raízes dos sentidos” alimentadas pela seiva do incomensurável Amor.
“As Aves e Poetas Ainda Cantam”, versos paginados em literatura. Marilza Ribeiro, fonte límpida da liberdade de expressão margeada em exaltada cultura: “Apesar... das trilhas extraviadas/ gaiolas retorcidas/ olhares caçadores/ laços dos enganos/ armadilhas e trapaças/ medonhas labaredas/ ninhos desmontados/ sonhos humanos vendidos/ na era das ventanias.../ as aves ainda cantam!/ Despertando a sonolência do dia/ acalmando à tarde fugidia/ em gotas da melodia/ derramando seus trinados no ar.../ Apesar.../ dos caminhos obscuros/ valores despedaçados/ das mentiras camufladas/ tantas guerras homicidas/ das multidões perdidas/ os amores destroçados/ as orgias do mercado/ a insanidade dos desvios/ os poetas ainda cantam!/ Despertando a sonolência dos cansados/ acalmando a angustia dos perdidos/ em cânticos, lendas em melodia/ gotas do sentido a clarear a vida/ derramando fartos versos pelo ar”.
Airton Reis, professor e poeta em Cuiabá-MT. 

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