quarta-feira, 17 de agosto de 2016

Acontece nesta quinta-feira (18/08) a exposição: Tinta, papel e arte, uma coletiva de desenhos e pinturas sobre papel do Ateliê Livre Benedito Nunes no Centro Cultural da Casa Cuiabana



Exposição coletiva de desenhos e pinturas sobre papel, realizados no primeiro semestre no ateliê aberto do artista Benedito Nunes na Casa Cuiabana.

Um comentário:

  1. Exposição coletiva “Tinta, papel e arte”

    “Pintar é registrar as sensações coloridas que temos”, disse o imortal artista plástico Paul Cézanne. Sensações colhidas do mundo externo pela “sensibilidade” e internalizada como a “percepção” do artista. Por sua vez, externalizada novamente na “representação” desse mundo externo e interno na linguagem do desenho ou da pintura, entre muitas outras linguagens artísticas.

    Nesse sentido, a mostra “Tinta, papel e arte” é um convite ao afetar-se diante dos desenhos figurativos, abstratos e paisagens de diferentes percepções e estilo de representações. Este coletivo é composto pelos artistas visuais: Benedito Nunes, Cida Silva, Eli Melo, Gilda Portella, Jamaika Farias, Laura Borges, Maria Auxiliadora, Meg Marinho, Paty Wolff e Rodolfo Carli. Os trabalhos foram realizados neste primeiro semestre no Ateliê Aberto do artista visual Benedito Nunes no Centro Cultural Casa Cuiabana.

    Para essa exposição, o mestre e artista visual Benedito Nunes brinca em suas composições de desenho com o movimento das folhas do cerrado, traz cenas do cotidiano urbano e o transitar dos carros e faz trocadilhos com palavras e ações como na obra “K.rona”. Já a artista Cida Silva, aborda em seus desenhos personalidades de mulheres que tomou como inspiração. Além, de trazer em outras obras a simplicidade da infância no sentido de encontrar felicidade nos singelos momentos do cotidiano como na obra “Brincando na chuva”. Eli Melo, por sua vez, inspirada em retrato de rostos femininos, traz para essa mostra “olhares, caras e bocas” de mulheres, revelando as diferentes personalidades dos personagens por ela criados.

    A artista Gilda Portella com forte inspiração na pessoa de Teresa de Benguela compôs uma série de “Teresas”. Os desenhos trazem uma representação de “Teresa” e sua personalidade forte, de luta, imbuída da beleza dos traços negros. Com linhas e traços finos da caneta esferográfica, Jamaika Farias compôs os desenhos desta mostra na mesma sutileza com que seus desenhos são internalizados pelos expectadores. A delicadeza das linhas e dos desenhos podem ser comtemplados nas obras “Romântica”, “Sensível” ou “Beija-flor”. Laura Borges traz para essa exposição a série “Sentidos ocultos”, abordando a existência de uma sensibilidade humana para além dos sentidos físicos tato, olfato, paladar, visão e audição. Entre as cinco obras da artista nesta mostra, as obras “Audição” e “Tato” compõe a série.

    Outra artista a compor o coletivo, Maria Auxiliadora passeia pelas danças populares do Siriri e do Chorado de Vila Bela, pelas paisagens como em a obra “Entardecer” e traz personagens em cenas cotidianas como o “Saco da Alegria”. Meg Marinho, uma artista apaixonada pela vida da artista plástica Frida Kahlo compôs para essa mostra a obra “Frida Colors”, e nessa mesma vibe colorida traz outras personagens de sua criação como “Golda” ou “Balé das cores”.

    A artista visual Paty Wolff, com uma explosão de cores brilhantes e fluorescentes traz para essa mostra personagens do cotidiano urbano da periferia brasileira e da “mama” África como na obra “Florence” ou “Ditinho camisa 10”. A discussão da beleza e/ou dos padrões clássicos e/ou acadêmicos perpassa seus trabalhos a exemplo da obra “Dália Rouge”, bem como em todas as outras obras. Enfim, o artista Rodolfo Carli, inspirado no mar e nos objetos que representam a vida à beira-mar, traz através da sutileza da aquarela desenhos e pinturas de medusas e personagens marinheiros por ele criados como “Cabelo Maresia”, “Meduza Palooza” ou “Cat Fisher”.

    Nas experimentações dos dez artistas que participam da mostra, são utilizados materiais como tinta acrílica, guache, aquarela, lápis, carvão e/ou giz pastel e de cera, todas compostas sobre suportes de papel.

    A exposição “Tinta, papel e arte” segue aberta para visitação até dia 30 de setembro, na Casa Cuiabana, de segunda a sexta, das 8hs às 12hs e das 14hs às 18hs. Entrada Franca. Obras à disposição de aquisição. Info: (65) 3624-2064 (Casa Cuiabana)

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