sábado, 7 de janeiro de 2012

A ESTÉTICA “PADRÃO” DA DANÇA DE SALÃO por Rodinei Barbosa



Há vários estilos de se dançar os ritmos (estilos) (sub-gênero) da Dança de Salão, mas é possível identificar uma estrutura geral para todos esses sub-gêneros.  
Ainda é visível a herança das danças de corte (como por exemplo, a valsa registrada em 1700) na arquitetura da Dança de Salão. Ela se faz presente na estrutura dos abraços e na colocação postural do tronco. Desde os bailes dos castelos, que os cavalheiros envolvem o braço direito em volta do tronco da dama (geralmente um pouco acima da linha da cintura, onde fica o centro de força, pois isso dá domínio melhor para a condução do cavalheiro). 
 Os cavalheiros abduzem o braço esquerdo em um ângulo menor que 90°, com os cotovelos levemente flexionados e virados para baixo. A dama posiciona o braço esquerdo na direção da escapula direita do cavalheiro e faz, com seu (dela) braço direito, o mesmo trabalho que o 
cavalheiro faz com seu (dele) braço esquerdo.  
A estética atual obedece a essa herança e soma a ela algumas variações, porém a segue como “regra” básica. Na Dança de Salão, o abraço tem a distância reduzida em relação às danças  antecessoras, principalmente na região da cintura pélvica. 
 Primeiramente, os pés ficavam juntos e em paralelo, mas devido à aproximação dos quadris,  houve a necessidade de afastá-los, e a colocação ficou da seguinte maneira: pé direito do  cavalheiro fica entre os pés da dama; o mesmo ocorrendo com o pé direito da dama. Essa  colocação de pernas só segue essa “regra” para movimentos que são executados com essa  proximidade. 
ENSAIO GERAL, Edição Especial, Belém, v1, n.1, 2010 187.

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