Há vários estilos de se dançar os ritmos (estilos) (sub-gênero) da Dança de Salão, mas é possível identificar uma estrutura geral para todos esses sub-gêneros.
Ainda é visível a herança das danças de corte (como por exemplo, a valsa registrada em 1700) na arquitetura da Dança de Salão. Ela se faz presente na estrutura dos abraços e na colocação postural do tronco. Desde os bailes dos castelos, que os cavalheiros envolvem o braço direito em volta do tronco da dama (geralmente um pouco acima da linha da cintura, onde fica o centro de força, pois isso dá domínio melhor para a condução do cavalheiro).
Os cavalheiros abduzem o braço esquerdo em um ângulo menor que 90°, com os cotovelos levemente flexionados e virados para baixo. A dama posiciona o braço esquerdo na direção da escapula direita do cavalheiro e faz, com seu (dela) braço direito, o mesmo trabalho que o
cavalheiro faz com seu (dele) braço esquerdo.
A estética atual obedece a essa herança e soma a ela algumas variações, porém a segue como “regra” básica. Na Dança de Salão, o abraço tem a distância reduzida em relação às danças antecessoras, principalmente na região da cintura pélvica.
Primeiramente, os pés ficavam juntos e em paralelo, mas devido à aproximação dos quadris, houve a necessidade de afastá-los, e a colocação ficou da seguinte maneira: pé direito do cavalheiro fica entre os pés da dama; o mesmo ocorrendo com o pé direito da dama. Essa colocação de pernas só segue essa “regra” para movimentos que são executados com essa proximidade.
ENSAIO GERAL, Edição Especial, Belém, v1, n.1, 2010 187.
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