Manias e esquisitices - re-Ver por Isolda Risso

Penso, fazer parte do ser humano ter lá suas manias, vícios, costumes, crendices, superstições entre outras excentricidades. Livre, livrinho mesmo de qualquer esquisitice não deve haver. Desde que não comprometa o caráter, é a comprovação de que somos normais e o que é melhor, nos mantém á relativa distância daqueles muito certinhos, o que em minha opinião são chatos, super chatos e teria muita dificuldade para conviver. Sou muito humana, para relacionar-me com os quase deuses. Um pouco de anormalidade deve fazer parte da evolução.

Eu era literalmente neurótica por organização, nóia mesmo, da brava. Depois de alguns anos de análise eu dei um chega pra lá nesse tipo de escravidão. Permaneço organizada, agora sem sofrimento. Uma camiseta branca guardada entre as azuis ou um copo sujo em cima da pia, já não me tira o sono, nem me faz sair da cama para arrumar os mesmos as 02:00 hs da madruga. Se ainda não me deitei e estiver perambulando pela casa, pode ser que passando pela cozinha eu de uma geral básica no que estiver em cima da pia ou uma ajeitadinha na prateleira de camisetas, todavia se já estiver entre os lençóis a neura já não me pega mais. Se o pensamento persistir, o máximo que faço é anotar em meu bloco de anotações que mora em cima do meu criado, a arrumação para a manhã seguinte. As vezes acordo no outro dia, olho a anotação e penso: vejo isso depois. Quando consigo me desprender assim, quase morro de inveja de mim mesma. Afinal, inveja boa só a que sentimos de nós mesmos, e normalmente quando conseguimos nos superar, se não ocorre sempre assim, deveria. Nem sempre conseguimos, mas um dia chegaremos lá. Pois é , onde estava mesmo? Ah sim... Eu bem que desejei nascer certinha, mas papai do Céu que de fato sabe o que é melhor para todos, optou por me enviar para cá bem normalzinha.

Minhas manias são poucas, e aos poucos venho trabalhando-as, mas se tem uma coisa que não tenho e nunca tive é superstição. Nada contra, mas as crenças populares não fazem parte das minhas maluquices. Respeito, acho interessante, curto dependendo da ocasião, mas não cultuo. Todavia, existe alguns elementos e símbolos que são importantíssimos para mim. Não chegam ao ponto de me guiar, porem, procuro ir ao encontro de seus respectivos significados. A mim, deixa a vida com mais sentido.

Você entrará em contato com os mesmos na página do “re-Ver” e para que não fique perdido (a), sem saber o que deu na minha cabeça para usá-los logo aqui vou logo esclarecer.

Logo idealizada por Isolda Risso e Confeccionada por Rosylene Pinto

Vamos lá:

Mapa mundi: desde que me entendo por gente tenho verdadeiro fascínio, não só por ele, mas por todo tipo de mapa que define território. Por quê? Não tenho a menor idéia, noção, percepção. Ja tentei de tudo para saber e nunca consegui decifrar este enigma, agora desisti, gosto e ponto.

Flor de Lótus: além de belíssima, simboliza elevação e expansão espiritual. E eu busco, mesmo que as duras penas me tornar um Ser melhor.

Pérola: dizem que toda mulher ama diamantes, eu não sou nada, nadinha mesmo diferente das demais quando o assunto é diamantes, mas se tiver que escolher entre um diamante ou um belo colar de pérolas eu fico com as pérolas. Bem... Vai depender muito do tamanho do diamante também (risos). Elas me transmitem luz e força, afinal as pérolas nascem de um processo doloroso e de cicatrização da ostra. Feliz ou infelizmente o ser humano se fortalece,cresce, descobre e emiti sua luz após uma situação de dor (desde que aprenda com o ocorrido, não se vitime, amargure, caso contrário, torna-se um espanta roda com suas lamentações).

Ipê amarelo: esta árvore floresce no período mais seco do ano, ao menos na minha terra, meu querido Mato Grosso. Em meio aqueles galhos secos e a mata judiada pela ausência de chuva, lá desponta ele com toda sua pujança, como que desafiando, transgredindo, lindo, colorido, nos mostrando que tudo é possível. Todas as vezes que olho um ipê amarelo, eu sinto a brisa da esperança  .

Coração: penso que sobre este símbolo não preciso me delongar, ele fala por si só. O que será da humanidade sem amor?

Gaivotas: elas me transmitem liberdade. Não a liberdade de ir e vir, esta é a mais fácil de todas. Refiro-me a liberdade no sentido mais amplo, que é a de aos poucos ir nos libertando do apego a matéria, das pessoas que consideramos  ,pensamos  serem nossas. Ninguém é de ninguém, e só seremos donos de nós mesmos a partir do momento que conseguir-mos tirar as algemas do “é meu”.

Libertar-se dos medos, libertar-se dos pensamentos que nos colocam para baixo, da ditadura do corpo perfeito, da obrigatoriedade de estarmos sempre magras, até parece dever  estarmos sempre felizes, sorridentes e acima de tudo ser muiiiiito, mas muito bem sucedido. E me diga uma coisa, o que é ser bem sucedido? Para mim pode ser uma coisa e para o resto do planeta ser outra. Sei não, tenho visto algumas coisas com este conceito de bem sucedido que a conta não fecha. Não tenho absolutamente nada contra o sorriso ,mas as vezes me parece meio forçado sabe como ? Todos experimentamos um pouco de tristeza em determinados períodos ,vejo como natural ,mas parece que não podemos expressar ,que beira ao absurdo sentir-se ou aparentar meio baixo astral de vez em quando. Sei lá ,posso estar falando a maior besteira , mas eu me dou o direito de sentir  a tristeza e não esconder. Penso que nem conseguiria, fica estampado no meu rosto. Voltando a liberdade....

Libertar-se dos vícios, orgulho, vaidade, avareza, enfim… esses males que ainda estão tão arraigados na natureza humana. É fácil falar né, mas caminhar em direção a esta liberdade é um desafio diário. Só com muita dedicação, esforço, perseverança, humildade e acima de tudo ,  saber que no caminho há tropeços, quedas, desânimo, sem falar nos bem intencionados que aparecem para melar nossa boa intenção.

Letras: embora possamos aprender de inúmeras formas, as letras se encontram presente em quase todos os meios de aprendizado e comunicação. Desenvolve-se raciocínios, sentimentos e podemos expressá-los por intermédio de imagem, música, dança etc., mas dificilmente escapamos de fazer uso das letras.

É isso ai, o “re-Ver” sugere á você, a mim e á todo aquele que deseja rever seus valores e conceitos, inspirando-se no significado dessas imagens.

Um abraço!

Isolda Risso

Contato: isoldarisso@re-ver.net