sábado, 17 de março de 2012

QUE SE COMUNICAR? ENTRE NA DANÇA por Rodinei Barbosa

imagem: google
Comunicar-se não é fácil e a comunicação resulta em perdas e desencontros que destroem a alegria de viver.  A deficiência da comunicação está presente nas relações familiares e no trabalho, bloqueado o caminho do sucesso. Quantas vezes sabemos transmitir e, por isso, não conseguimos adesão a nossa ideia.  No desejo de que tudo saia bem, entramos no espaço do parceiro criando áreas de desentendimento.  Por não sabermos fazer bom uso do nosso tempo e espaço, dificultamos a conclusão de nossas tarefas e impedimos a do outro. A inibição e insegurança fazem com que as pessoas não trabalhem bem em equipe. 
Diante de tudo isso, fica difícil acreditar que uma das características que distingue o homem dos animais é a capacidade de comunicar-se das mais diversas formas.  Palavras, desenhos, canções, dança, tudo exprime sentimentos e emoções  e facilita a compreensão e bom entrosamento entre as pessoas.  No entanto, para que esses canais possam ser desenvolvidos tudo tem que ser aprendido. 
Podemos mudar em qualquer idade e de modo positivo  se formos expostos a ambientes estimuladores.  Entrar em contato com a dança e participar de ambiente que estimula o aprendizado de relacionamento e melhora a qualidade de vida. Aprender a dançar produz bemestar, pois libera a endorfina que é responsável pelo prazer, estimula a vontade de viver gerando ótimos resultados nos tratamentos que utilizamos para a depressão.  É fácil, portanto, 
imaginar que a dança é capaz de fazer por cada um de nós, quando aliada a uma abordagem psicológica.  Ela pode transforma-se num rico instrumento para o auto-conhecimento ao descobrirmos a correspondência emocional de cada gesto que executamos e de seu significado em nossas vidas. 
Nossos movimentos são comandados pelo cérebro.  Portanto, quem dança não é os nossos pés, mas nosso cérebro. Toda informação adquirida passa pelos seus comandos, que irão ordenar sua execução de acordo com os valores aprendidos no decorrer da vida.  Por exemplo: 
ao dançar, se nos sentimos constrangidos com o toque, pelo medo de sermos mal interpretados, mesmo que os passos exijam uma aproximação maior do parceiro, nos mantemos à distância.  Podemos até tentar nos adaptar, desde que nossos valores pessoais sejam preservados.  Ao tomarmos consciência da dificuldade e entendermos nossa atitude ficamos livres para registrar no cérebro os movimentos adequados à perfeição do passo.  
  
Todo dançarino, então, tem maturidade? Não necessariamente.  A ação, sem consciência do emocional e das causas que motivaram, não conduz à transformação.  Conduz à disciplina, à técnica, à relaxação, não ao amadurecimento emocional.  O que foi aprendido fica restrito aquela atividade e nem sempre se estende ás atitudes de nossa vida.  Para resultados mais profundos na capacidade de ouvir o outro, de nos conduzir, de tomar decisões, de vencer inibições, de ter ritmos sem estresse, de conviver  harmoniosamente, é preciso um trabalho integrado que envolva a mente e o corpo.  Este pode ser desenvolvido em psicologia e dança que vêem na arte não apenas lazer e descontração, mas uma forma de aperfeiçoar o ser  humano. 

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