Inspirada nas aulas do Curso de História das Artes, com Aline Figueiredo, resolvi postar sobre o estilo Rococó, espero que gostem eu adorei!!
O rococó é um estilo que se desenvolveu no sul da Alemanha e Áustria e
principalmente na França, a partir de 1715, após a morte de Luís XIV. Também
conhecido como "estilo regência", reflete o comportamento da elite
francesa de Paris e Versailles, empenhada em traduzir o fausto e a
agradabilidade da vida. O nome vem do francês rocaille (concha), um dos
elementos decorativos mais característicos desse estilo, não somente da
arquitetura, mas também de toda manifestação ornamental e de adereços. O estilo
conheceu grande desenvolvimento entre 1715 e 1730, durante a regência de Filipe
de Orléans.
Existe uma alegria na decoração carregada, na
teatralidade, na refinada artificialidade dos detalhes, mas sem a dramaticidade
pesada nem a religiosidade do barroco. Tenta-se, pelo exagero, se comemorar a
alegria de viver, um espírito que se reflete inclusive nas obras sacras, em que
o amor de Deus pelo homem assume agora a forma de uma infinidade de anjinhos
rechonchudos. Tudo é mais leve, como a despreocupada vida nas grandes cortes de Paris ou Viena.
ARQUITETURA
Igreja da Peregrinação de Wies - Séc. XVIII - Steigaden
A arquitetura rococó é marcada pela sensibilidade,
percebida na distribuição dos ambientes interiores, destinados a valorizar um
modo de vida individual e caprichoso. Essa manifestação adquiriu importância
principalmente no sul da Alemanha e na França. Suas principais características
são uma exagerada tendência para a decoração carregada, tanto nas fachadas
quanto nos interiores. As cúpulas das igrejas, menores que as das barrocas,
multiplicam-se. As paredes ficam mais claras, com tons pastel e o branco. Guarnições
douradas de ramos e flores, povoadas de anjinhos, contornam janelas ovais,
servindo para quebrar a rigidez das paredes.
Palacio do Belvedere - Viena
O mesmo acontecia com a arquitetura palaciana. A expressão máxima dessa
tendência são os pequenos pavilhões e abrigos de caça dos jardins. Construídas
para o lazer dos membros da corte, essas edificações, decoradas com molduras em
forma de argolas e folhas transmitiam uma atmosfera de mundo ideal. Para
completar essa imagem dissimulada, surgiam no teto, imitando o céu, cenas
bucólicas em tons pastel. Na metade do século, o "estilo Pompadour"
já constituiu uma variante do rococó: curvas e contra curvas animam as paredes
e os ritmos decorativos, afirma-se a assimetria, a trama linear invade tudo. As
Vilas construídas para a favorita de Luís XV sugerem a evolução de um gosto que
se desenvolve com pequenas oscilações.
Os móveis, importantíssimo complemento da construção arquitetônica,
assumem uma transcendência particular. De um lado isto decorre da exigência, de
determinados arranjos. De outro lado a variedade cromática, devido ao emprego
de madeiras raras marchetadas, ornadas de frisos dourados, é acompanhada pelo
requinte de suas linhas. Acompanha tudo isso o gosto pelos bibelôs.
ESCULTURA
Igreja do mosteiro de Rohr - Irmãos Asam
Devido ao grande desenvolvimento decorativo, a
escultura ganha importância. Os escultores do rococó abandonam totalmente as
linhas do barroco. Suas esculturas são de tamanho menor. Embora usem o mármore,
preferem o gesso e a madeira, que aceitam cores suaves. Os motivos são
escolhidos em função da decoração. Até artistas famosos, principalmente aqueles
ligados a manufatura de Sèvres se apressam a preparar para ela, desenhos e
modelos. Em função de lembrança, do souvenir, os pequemos grupos representam
cenas de gênero e narram, com linguagem espontânea e cores luminosas, episódios
galantes, brincadeiras e jogos infantis.
Virgem com o menino - Jean Baptiste Pigalle
Nas igrejas da Baviera surge o teatro sacro. Altares com iluminação a
partir do fundo, decorados com cenários carregados de anjos, folhas e flores,
são a referência ideal para cenas religiosas de uma inegável atmosfera de
ópera.
Deve-se destacar também que é nessa época que
surge com um vigor inusitado a indústria da escultura de porcelana na Europa,
material trazido do Extremo Oriente, na esteira do exotismo tão em voga nessa
época. Esse delicado material era ideal para a época, e imediatamente surgiram oficinas
magistrais nessa técnica, em cidades da Itália, França, Dinamarca e Alemanha.
A pintura rococó deixa de lado os afrescos a fim de dar lugar aos
arrases que pendem macios das paredes e torna íntimo e discretos os ambientes;
aproveita os recursos do barroco, liberando-os de sua pesada dramaticidade por
meio da leveza do traço e da suavidade da cor. Agora o quadro tem pequenas
dimensões, passando a ser colocado nas entreportas ou ao lado das janelas, onde
antes eram colocados os espelhos. Por vezes os quadros têm um lugar reservado:
são os cabinets de pintura, onde se reúnem os entendedores para apreciar as
obras.
Festa do Amor - de Jean Antoine Watteau
O homem do rococó é um cortesão, amante da boa vida
e da natureza. Vive na pompa do palácio, passa o dia em seus jardins e se faz
retratar tanto luxuosamente trajado nos salões de espelhos e mármores quanto em
meio a primorosas paisagens bucólicas, vestido de pastorzinho.
O Menino do Pião - de Jean Baptiste Siméon Chardin
As cores preferidas são às claras. Desaparecem os
intensos vermelhos e turquesa do barroco, e a tela se enche de azuis, amarelos
pálidos, verdes e rosa. As pinceladas são rápidas e suaves, movediças. A
elegância se sobrepõe ao realismo. As texturas se aperfeiçoam, bem como os
brilhos.
Existe uma obsessão muito particular pelas sedas
e rendas que envolvem as figuras. Os retratos de Nattier e as cenas galantes de
Fragonard são as obras mais representativas desse estilo.
O Beijo Roubado - Jean Honoré Fragonard
O material preferido para obter o efeito aveludado
das sedas e dos brocados, a transparência das gazes e o esfumado das perucas
brancas são os tons pastel. Esses pigmentos de cores diferentes, prensados na
forma de pequenos bastões, ao serem aplicados sobre uma superfície rugosa vão
se desfazendo e é preciso fixá-los com um líquido especial. Sem sombra de
dúvida, é nesse período que a técnica do pastel atinge seu ponto máximo de
excelência.
Por: Rosylene Pinto
com informações: Curso História da Arte, http://www.historianet.com.br e imagem google
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