domingo, 18 de novembro de 2012

CONFISSÕES DE UM AFLITO CORAÇÃO - Falando de Amor com Mirian Marclay Melo


Pode ser que eu já tenha visto todas as confissões de amor e desamor, e que o silêncio seja uma forma de dizer: eu te amo. 

Mas eu duvido.

Ainda sou da opinião que amando alguém se deva viver o amor em atitudes e palavras, se deva dizer um milhão de vezes por dia, seja em poemas, em bilhetes, em canções, em telefonemas, de qualquer forma, que se faça saber, que se faça sentir...ninguém tem uma bola de cristal para se saber o que vai na alma do ser amado ou na de quem se diz nos amar!
E pode ser que as palavras estejam gastas e as pessoas estejam precisando de tempo, de novos horizontes, de se encontrarem neste mundo, muito além do que elas mesmas se compreendam, para que daí, somente depois desse autoconhecimento, possa saber a respeito de si e do outro, e, sejam verdadeiramente capazes de se amarem em plenitude e de se sentirem com desejo de não apenas dizer "eu te amo", mas de viverem esse amor.
É justo conceder um pouco de tempo, é preciso oxigenar a alma.
Às vezes não estamos prontos para o amor, nem ele está pronto para nós. Porque estamos correndo atrás de outras necessidades, de outras coisas que servirão, para nos estruturarem, até termos uma estabilidade emocional, moral e intelectual, para nos refazermos de perdas, para, enfim, sermos nós, inteiros, e assim amarmos com leveza, pelo caminho da inteireza.
Mas tudo tem seu tempo! Até a espera tem sua hora de chegar e o instante da partida. 
Haverá um momento em sua linha pessoal em que você precisará definir para si, até quando essa espera mútua entre você e o amor deverá perdurar.
Porque deixar alguém esperando para sempre ou ficar esperando "ad eternum" é se tornar mero expectador da vida estar na plateia do amor...é simplesmente não amar.
Cada um de nós está em busca do que precisa, de realizar seus sonhos, reconhecer suas limitações, lidar com seus defeitos e qualidades.

Mas o tempo passa, ele é artigo precioso! A única certeza é o hoje, não que, com isso, tenha-se que sair correndo, pegar o primeiro avião e fazer algo insano (bom, dependendo da situação...é válido sim!), mas hoje, se o seu amor estiver ao seu lado, se houver uma certeza dentro do seu coração, simplesmente diga eu te amo, é indolor, não custa caro, e não é loucura.

Loucura é se isolar por dentro, deixando a vida passar, e ao final dela estar amargo porque não amou.

O mundo vai sempre cobrar, sempre ditar novas fontes de consumo, sempre exigir estabilidade, segurança e é inerente ao indivíduo, inclusive por instinto de sobrevivência busque o melhor para si.

Mas a que preço?

Até quando vale a pena deixarmos de sermos nós, deixar de amar as pessoas por conta das necessidades ditadas por este mundo capitalista?
Se pensarmos assim, unicamente assim, jamais experimentaremos um amor de verdade, porque é mais fácil ser lugar comum, ser algo pronto, sorrir um sorriso amarelo e concordar com a doma do indivíduo do que romper. 
E o amor é a liberdade do espírito.
Tudo isso é puramente romântico. E é. Não estou falando de casamento, de contrato, de nada que não seja verdadeiramente sentimento. Ama-se por amar, ama-se com a mente, o corpo e o coração! Não se obriga ninguém a amar. O amor precisa se renovar sempre! 
E ai você está pronto para o amor?
Por: Mirian Marclay Melo

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