segunda-feira, 7 de dezembro de 2015

NOS DIAS 08 E 09/12 (TERÇA E QUARTA-FEIRA) ACONTECE O LANÇAMENTO DO VISUAL MT, EXPOSIÇÃO VISUAL VIRTUAL MT NO CENTRO CULTURAL DA UFMT



A escolha do nome – Visual Virtual MT – tem sua própria história e começa com a objeção ao termo “arte”, que parecia óbvio. Essa categoria Ocidental está definitivamente marcada por concepções hegemônicas fundadas em hierarquias que precisam ser expurgadas do campo das produções “aesthésicas”, ou seja, daquelas produções materiais e não materiais que possuem a capacidade de afetar corpos outros, de produzir sensações, situações, experiências. A Estética – criação ocidental com cânones restritivos -, conforme afirma Walter Mignolo, colonizou a Aesthesis que, ao contrário da primeira, reúne todas as formas e modos possíveis conhecidos e ignorados de realização de um evento – no Ocidente, chamado de fruição estética – que não se restringe ao campo da significação (semiótico) mas e, principalmente, opera sobre as sensações (aesthésico). Ao preferirmos falar em produções visuais, ou produções aesthésicas visuais, recusamos a armadilha das diferenciações rotineiras entre “arte” e “artesanato”, as predicações como “arte naïf”, “arte primitiva”, “arte indígena”, “arte do inconsciente” que nada dizem sobre as obras e suas potências mas que são utilizadas apenas para designar quem são os seus autores: pessoas sem formação artística oficial, geralmente oriundas das classes populares, de etnias outras, assim por diante, que produziriam um arte entre aspas. A predicação é um dos dispositivos mais utilizados de colonialidade da arte.

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