quarta-feira, 18 de maio de 2016

Artistas ocupam sede do Iphan em Mato Grosso



Artistas ocupam sede do Iphan em Mato Grosso


Em Mato Grosso, Cuiabá concentra as ações de mobilização da classe artística frente à extinção do Minc. Desde a segunda-feira vem sido sendo realizadas reuniões de articulação do movimento que culminou com a ocupação da sede regional do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) efetivada na tarde de quarta-feira (17).

A mobilização chega hoje ao terceiro dia, fortalecido pela crescente adesão de profissionais de várias linguagens artísticas e ainda, de movimentos sociais e estudantis que o incorporaram.

Várias personalidades das artes brasileira tem se manifestado nacional e internacionalmente contra o que consideram um golpe à legitimidade das políticas públicas de cultura que vinham sendo empenhadas pela descentralização do acesso à cultura, valorização à diferença e respeito às liberdades. O grupo acredita que é impossível ter o Minc de volta, com o governo que se estabelece no comando do país.

O grupo responsável pela décima ocupação de um prédio do Minc no país, comemorou durante a madrugada desta quinta-feira (18), mais uma nova ocupação, desta vez, a Funarte de Brasília (DF).  Fortaleza (CE), Natal (RN), Aracajú (SE), Recife (PE), Salvador (BA), Belo Horizonte (MG), São Paulo (SP), Rio de Janeiro (RJ) e Curitiba (PR) mantém-se firme. Assim como nessas cidades, não há previsão de fim da ocupação em Cuiabá.



Com a superintendência do Iphan-MT foi definido que as atividades do órgão federal seguem normalmente, simultaneamente à ocupação. O movimento não quer causar qualquer dano ao funcionamento do órgão, porque afinal, reafirma a necessidade da continuidade das políticas culturais voltadas também ao instituto voltado à salvaguarda e preservação do patrimônio histórico mato-grossense. É também pelo Iphan que o movimento se configura.

A superintendente substituta do Iphan-MT, Amélia Hirata acolheu a manifestação. “Assim como os artistas, o Iphan também é pela cultura, somos da cultura. Prezamos apenas pelo diálogo”, disse.

Por isso mesmo o movimento segue dentro da normalidade, mas muda o cenário do Iphan, oxigena o espaço com a realização de atividades culturais e provoca a interação com o órgão. Nesta quinta-feira, a superintendente – dentro da programação do dia – fala sobre a atuação do Iphan em Mato Grosso, às 15h30.

Antes, haverá oficina de teatro inspirada nos jogos de improviso de Augusto Boal e Viola Spolin, com Edilaine Duarte e Caio Augusto Ribeiro, do Teatro Laboratório Experimental. Das 16h30 às 17h30, tem oficina de Composição e Canção com Caio Mattoso. Das 20 às 22h, plenária geral. A partir daí, o palco é livre.



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