Alguns pintores
contemporâneos opinam que a habilidade para o desenho realista não é uma
questão necessária nem indispensável e que por outra parte não representa
impedimento para produzir obras de arte de qualidade.
O certo é que de facto muitos
artistas têm produzido maravilhosas obras de arte sem saber desenhar contando
muitas vezes, e principalmente hoje em dia com a ajuda da tecnologia e os
programas de computador, com muitas opções alternativas ao desenho.
No entanto, embora não saber
desenhar, não seja um limite para a imaginação e criatividade, representa ao
meu modo de ver, uma redução de opções.
Ao observarmos algumas obras de arte
moderno expostas nos museus, temos a sensação que não são necessários grandes conhecimentos
técnicos avançados em matéria de desenho e por isto muitos alunos e
principiantes nas artes plásticas, nomeadamente na pintura, tem a tendência a
iludir esta matéria e tentar imitar aos grandes artistas com um estilo pessoal,
único... O resultado é que acabam por estagnar na reprodução de motivos
repetitivos.
Picasso, por exemplo, desenhava de
uma forma inigualável seu estilo tão pessoal e conhecido, foi simplesmente o
resultado de uma opção de escolha á procura de um ideal conceptual do artista e
não o resultado de não saber desenhar.
Existem razões a favor da
conveniência de saber desenhar. Estas razões baseiam-se em descobrimentos
recentes no campo da investigação científica dos processos cerebrais que
apontam para o benefício de desenvolver a habilidade de desenhar associada à utilização do hemisfério direito
do cérebro do qual deriva muitos outros benefícios.
Desenvolver a capacidade de desenhar
ajuda a desenvolver também as habilidades para as matemáticas, os idiomas, a música,
etc, todas estas capacidades associadas ao hemisfério direito do cérebro.
Fonte: Livro de Betty Edwards "Aprender
a desenhar com o lado directo do cérebro”
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