A Casa do Parque é,
sobretudo, a "Casa dos Sonhos". A bela estrutura arquitetônica
possibilita aos artistas locais, a real condição e a possibilidade em
apresentarem a Arte aos cuiabanos e até mesmo ao público flutuante - turistas
que sempre nos visitam, levando consigo uma boa impressão da nossa realidade
cultural. Avançamos ao conhecimento das coisas boas e prazerosas. Fazemos e
criamos Arte., aqui mesmo. Cuiabá é celeiro efervescente das Artes Plásticas no
Brasil.
Esta exposição
coletiva recente, abrigada neste contexto formidável - inserido no título da
mostra, sendo a curadoria da Fabíola Henri Mesquita - é composta dos artistas,
Capucini Picaroli, Dwanki, Miguel Penha, Rimaro, Rodrigo Sávio, Ordi Calder e
Thais Lino.
Este resultado agrega
a pertinente diversidade dos pareceres individuais, vistos e apreciados pelo
público - os quais estão colocados na Arte de cada um de seus componentes.
Obra: Miguel Penha |
Miguel Penha, o
artista das matas e florestas virgens, está presente com duas obras, de
aparente beleza. Seu pequizeiro farto e florido, causa encantamento. Exalam
olores tropicais. Eu já escrevi recentemente sobre a obra deste artista
formidável. Miguel Penha domina o espaço cromático. É agradável, e preenche o
Espírito dos amantes da Pintura em óleo sobre tela.
Obra: Rodrigo Sávio |
Rodrigo Sávio
apresenta as telas entrecortadas em cores geometrizadas. Um figurativismo
abstracionalisado na maneira como aplica a cor. Lembra algo inerente à
infância, pela simplicidade da proposição plástica. Esta atitude, de caráter
descontraído, brinca com a imaginação das pessoas. Acrescenta cor aos
elementos, de maneira simples, sobretudo alegra o espaço nobre do salão
principal.
Obra: Dwanski |
Dwanski apresenta
formas em escultura. São elementos diversificados, como peixe, ema, Dom Quixote
e um formidável urutau. Manuseia as peças com dignidade e conhecimento do
material disponível em mãos de escultor experiente.
Obra: Ordi Calder |
A fotografia quer
dizer-a escrita da luz, pois (foto) é luz e (grafia), é o significado da
escrita..
Ordi Calder mostra
imagens fotográficas, em branco-e-preto e grafa o silencioso diálogo entre a
luz e a sombra. É objetivo na condução da ótica sensível. Não deixa dúvida
quanto à capacidade em ser um bom fotógrafo. É impecável na condução da tão
preciosa composição cênica. As fotos acentuam um caráter contemporâneo de
qualidade.
Obra: Rimaro |
Rimaro é um
representante da Arte popular. As figuras estáticas brincam de roda, num
gramado repleto de outras personas a fazer um fundo, de maneira eloquente. . Há
mistura em poesia cromática. Esbanja uma sutil permanência da alegria
brasileira. Esta arte, trás o desejo ardente e explícito de quem possui a busca
espiritual - e a vontade intensa em fazer pintura. Comove pela simplicidade. A
festa junina representa a diversidade cultural do brasileiro.
Entretanto a diferença
plástica da mostra repousam nas presenças das artistas Thais Lino e Capucine
Picaroli.
Obra: Thais Lino |
Thais Lino elabora e
conceitua a obra de maneira própria...Articula a Arte do feminino, de modo
particular. É intimista. Revestida de clareza e elegância.
Revela meticulosidade
no proceder a artístico. Aflora-se nos trabalhos expostos - desta intelectual
requintada, variadas concepções artísticas. As projeções fazem caminhos a
formigarem-se numa espécie de peneira cósmica. Uma bateia de proposições
luminosas. Seria como separar o diamante bruto a ser lapidado pelo joalheiro.
Vem de dentro do
espaço, o melhor a ser mostrado ao público. Usa diversos materiais. Classifica
os elementos cognitivos em preciosas e belas colagens. Transbordante de luz
própria e de conhecimento inato em prazerosas e assépticas caixas, as quais são
capazes de deslumbrar ou acariciar o conhecimento. São relicários da memória e
do espírito bem protegidos. Sabe reverberar em si mesmo. Neste espaço-tempo ela
é seletiva e sensitiva na coordenação da matéria prima, tão necessária à
interseção, e de maneira estética, deliciosa ao imaginar, transmite parecer
técnico. Trás imensa fascinação ao sentir Arte. Há começo, meio e fim. Ela
vivencia e condiciona o olhar do espectador, e concede o toque conclusivo. Nada
falta e nada sobra. Nasce e orbita dentro do espaço. Independe de pré-esboços.
Obra: Capucini Picicaroli |
Capucini Picicaroli tem
nas telas a permanente fonte, ou asas de um conteúdo contagiante. Impossível
esquecer a presença forte e impactante desta Arte.
Capucini Picicaroli liga
ou agarra pelos olhos. Atinge em cheio o coração do admirador. Causa imensa
estupefação. Introjeta no outro, uma determinada abertura mental-espiritual
-acentuando um apaixonado apreciamento pela Arte da Pintura. O colorido quente
e vibrante, delineiam intenções sensuais de alto nível. A provável
classificação navega em atmosfera vigorosa . Uma arte que delineia o perfil da
própria artista. Ela é ela mesmo. Combina as cores entre frias e quentes, e
tempera a magia impregnante dos temas diversificados. Atinge, com este
proceder, o ideal da Pintura. É denotado beleza e coragem.
" Moça com
Vestido Verde" chega próximo á uma sedutora deusa da vaidade feminina.
Verdes e vermelhos intensos acariciam um fundo repleto de grafismo de rosas,
símbolo do amor incondicional. A postura pictográfica, esbarra-se na Arte do
Inconsciente. Vai além das linhas periféricas em postar , ao olhar ávido dos
amantes da bela Arte, o brilho do auto-conhecimento. Ela tem a capacidade de
incomodar e gerar a pergunta: - Mas o que é isso?
Traça um toque forte
de latinidade e de gostosa balada, sentidos na teatralidade do jogo e do gesto
em pincelar emoções. Ela dança e brinca com as cores.
Capucini Picicaroli é
dona de uma Arte capaz de abrir caminhos em linhas retas, curvas, quebradas e
ondulantes como o fogo e a serpente. Vale a pena conferir esta mostra na Casa
do Parque. Eu recomendo a todos.
João Sebastião é
Prêmio de Viagem ao País.
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Comentários Artísticos
Agosto de 2013
Visite o meu
blog www.joaosebastiaocosta.blogspot.com
A Exposição vai até o dia 22/09 na Casa do Parque em Cuiabá MT, informações: 065 3365-4789
Um olhar para o outro, contraste entre duas visões
ResponderExcluirAo ser analisada, ao ser vista, outro olhar mostra opinião é como olhar para a sua história...
Outro olhar sobre a concepção também como gente que faz arte, o que sente, e o que vem dentro de cada um.
São reflexões e movimentos interessantes que observei durante as tantas lidas e relidas.
Parei um tempo... E pude me entender melhor e o meu próprio olhar.
Que a paixão pelo que se faz vem sim condicionada às vivências passadas e contexto sócio-cultural do sujeito significa desenvolver nesse “ser” também suas potencialidades.
Uma escrita natural de João Sebastião Barros, mas cheio de conceitos que me reportou a pontos de vistas que levam a continuar com a liberdade de expressão e que a obra de arte vai se revelando nuances que não escapam aos olhares comuns e a olhares apuradíssimos.
Thais Lino
lindo Thais Lino, Obrigada, bjos
ExcluirRosylene Pinto