domingo, 30 de dezembro de 2012

Shaná Tová - Falando de Amor com Mirian Marclay Melo

imagem: google 
Shaná Tová
Há dias venho intuindo a mensagem de Ano Novo, quando hoje, lendo uma mensagem que recebi de meu pai, na companhia do mesmo, percebi que já estava escrito tudo o que eu queria dizer. Desconheço o autor, no entanto, é uma mensagem que cai bem a todos nós, e que nos momentos de singela sensibilidade poderíamos nos mesmos ter escrito, bastava sentir tudo aquilo.

Vale cada linha escrita-agradeço a meu amado pai por ter me recordado em abrir este e-mail. Percebo que verdadeiramente o universo conspira a nosso favor e o que é de valor a nós chega no exato momento em que necessitamos.
O meu espírito já se faz num sentir novo, o qual denomino ano, e espero que perdure uma era- o dessa tal Felicidade.
Um bom ano a todos-Shaná Tová!

Com muito amor e paz!
Mirian Maclay Melo
"Shaná Tová!
Felicidade é algo sobre o qual pensamos bastante nesta época.
Ao iniciarmos um ano novo, desejamos uns aos outros um "Feliz Ano Novo", na esperança de que o ano que entra traga aos nossos entes queridos muitos motivos de felicidade. Mas o que será que é necessário para tornar um Ano Novo "feliz"?


Definir a felicidade é quase impossível. Procuremos, então, uma definição negativa.

Em primeiro lugar, felicidade não é possuir uma porção de coisas. Nós vivemos numa sociedade impregnada de um espírito exacerbado de competição no que tange à aquisição de bens. Quanto mais, quanto maior, melhor!

A felicidade não resulta de casas faraônicas ou carros importados ou peles ou jóias. Pelo contrário; como lemos no "Talmud", "quem aumenta suas posses, aumenta suas preocupações". A felicidade não depende de uma multiplicidade de bens; quem possui dois automóveis não tem o dobro da felicidade de quem só tem um carro. 

Em segundo lugar, a felicidade é freqüentemente confundida com divertimento. Quem viaja a lugares distantes na esperança de encontrar a felicidade está fadado à decepção. Porque ao chegar a Tiberíades, ou Tanzânia, ou Tibete, ou Taiti, descobre que levou consigo toda sua bagagem de loucura que o torna infeliz. Fugir dos problemas não traz a felicidade.

Tampouco provém a felicidade do prestígio, do sucesso ou da reputação. Podemos ser famosos e conceituados e, mesmo assim, continuar frustrados, insatisfeitos, infelizes. 

Bem, então já sabemos o que a felicidade não é. Mas o que é felicidade? Qual é o seu segredo? Como podemos fazer deste Ano Novo um ano feliz?

Algumas sugestões:

Primeiro, parar de correr atrás da felicidade. Quanto mais caçamos a felicidade, mais ela foge do nosso alcance. Buscá-la é inútil. Vejam bem, não há nada de errado em querer ser feliz; errada é nossa insistência, a ideia fixa de que temos que ser felizes. Quem disse que temos que ser?

Muita gente acredita que a felicidade resulta da ausência de sofrimento e que uma pessoa feliz é aquela que não tem problemas. Não é verdade! Somente os mortos não têm problemas. A vida machuca todos nós: perdemos entes queridos, sofremos mágoas em nossos relacionamentos, fracassamos em nossos objetivos profissionais.

A ausência de dor não é uma condição necessária para a felicidade. Feliz não é aquele que nunca leva um tombo; feliz é aquele que levanta, sacode a poeira e dá a volta por cima. É preciso ter fé e coragem para ser feliz. Esse é o segundo pré-requisito.

A última sugestão para fazer do ano novo um ano feliz: não ficar se perguntando "será que eu sou feliz?". Mantenha-se ocupado, na loja ou em casa, no escritório ou na cozinha, em sua profissão, no trabalho voluntário, na sinagoga, na igreja ou na comunidade.

A felicidade é um subproduto da realização, um estado de espírito que resulta de perceber seu próprio valor. Experimentem se dedicar inteiramente às suas tarefas cotidianas. É bem provável que vocês descubram que se sentem imensamente felizes.

Um jornal de Londres ofereceu um prêmio à pessoa mais feliz da cidade. Foram três os vencedores: um artesão que trabalhava assobiando, uma jovem mãe que cantarolava à noite, depois de dar banho em seu bebê, e um cirurgião que sorria ao terminar uma operação bem-sucedida. Esses três indivíduos não estavam buscando a felicidade; estavam totalmente absortos em suas tarefas. Por fazer com amor seu trabalho cotidiano, eles abriram a porta da felicidade, e ela entrou de mansinho.

Amigos, em vez de pedirmos a Deus uma vida feliz, vamos tomar a decisão de tornar nossa vida compensadora. Vamos começar o Ano Novo com a certeza de que viver vale a pena. Vamos lembrar que, na tradição judaica, não nos desejamos uns aos outros um "Feliz Ano Novo", e sim Shaná Tová, um "Bom Ano Novo". A diferença é sutil, porém significativa."
(Autor desconhecido)

Por: Mirian Marclay Melo

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